PROGRAMA DE ESTUDOS E PESQUISAS EM
DESENVOLVIMENTO HUMANO, FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS TRANSFORMADORAS E GOVERNANÇA SOCIAL
Minerva UFRJ 2021

A VIVÊNCIA

Nova

Aqui você encontrará depoimentos dos participantes sobre essa experiência.
Visões, sentimentos, insights, o que seus corações quiseram falar sobre o evento.

Quando eu olho para trás para a experiência do Seminário de Desenvolvimento Humano eu enxergo dias inteiros de transformação. O ambiente, o mestre e as pessoas carinhosamente selecionadas para compartilhar a jornada de autoconhecimento fizeram com que todos nós estivéssemos imersos na experiência até quando não era óbvio. No mundo em que vivemos hoje é muito fácil acreditar que a estrada do autoconhecimento é solitária, e isso talvez explique o fato de esse ainda ser um tópico pouco explorado. No entanto, estar com pessoas que são movidas pelo mesmo objetivo e valores me ajudou a solidificar uma camada extra de motivação dentro de mim. Buscar a excelência de forma constante não é fácil, mas é gratificante e essa foi a minha maior lição do SDH. Sem dúvidas, esse seminário provocou em mim uma mudança orgânica e eu carrego cada momento dessa experiência comigo até hoje.

Arthemis

Participar desse seminário foi um dos grandes acontecimentos na minha vida. Acontecimento por ser um desses eventos que chegam e te surpreendem. Acolhi essa experiência cheia de aprendizados e carinho. O seminário possibilitou vivenciar no corpo as palavras ditas pelo Mestre sobre cada canto de Berlim, cada lugar marcado pela história, cada construção daquela cidade que encanta pelo cuidado e pela dedicação. Viver essa experiência em Berlim transformou o sentido de viajar e verdadeiramente conhecer um lugar.

Durante os dias de peregrinação, muitas emoções tomaram conta de mim. Não só pelos lugares deslumbrantes, mas, principalmente, pela forma como os lugares foram mostrados. As palavras do Mestre junto com as escolhas de como passar por cada cantinho fez toda a diferença nesse olhar recheado de encanto. Conhecer Berlim não é tarefa fácil. Exige compreender aquela história, entender a reconstrução como parte essencial desse processo em valorizar o presente. Esse aprendizado sobre a importância do agora revelou-se ao longo de todo o seminário, tanto nas peregrinações como nas discussões internas. Berlim deixou isso bem evidente: a marcação do que aconteceu para que nunca se esqueça da história e ao mesmo tempo as constantes construções e reconstruções pela cidade para que se viva o presente.

O seminário interno fez conexão com o que íamos vendo ao longo das peregrinações. Os exercícios nos faziam sentir o corpo no agora, experienciar o momento presente consigo mesmo e com os outros. Além disso, em diversas situações foram colocadas questões para se pensar o nosso propósito e as vulnerabilidades. Entrar em contato consigo mesmo foi um dos momentos marcantes desses encontros. Entrei em contato comigo, mas não sozinha, foi através do outro, pelo olhar do outro eu consegui me ver. E por isso, a força do grupo foi essencial para esse processo de mudança. Ao longo das discussões, conceitos foram esmiuçados em seus significados. Conceitos são transformadores, sendo produto e produtores, participantes do “real”. Conceitos são acontecimentos, assim como esse seminário foi pra mim. Quero dizer com isso que aprendi conceitos, mas não de forma engessada, conceitos que me transformaram, me fizeram entender que prioridade é no singular e como colocar em prática a mudança.

Vivenciar o seminário causou mudanças em mim ainda não compreendidas por completo, mas consigo sentir que algo aconteceu. Fui nesse seminário sem conhecer a maioria das pessoas e me apaixonei por cada uma delas. O encontro com esse grupo possibilitou uma experiência muito singular e verdadeira. Ainda lembro constantemente de cada momento vivido.

Amanda

Das definições que o dicionário traz sobre a palavra “muro”, uma delas é: “qualquer coisa que sirva de divisa entre espaços”. Acho que essa é a melhor forma de se falar do seminário em Berlim, e de falar da minha relação com o seminário de Berlim.

Existiam vários muros para eu vivenciar o seminário, existiam vários muros para eu me sentir capaz para o seminário, e mais ainda, existiam vários muros dentro de mim para eu me deixar viver o seminário. E existia o muro, aquele muro mesmo, famoso muro!

O que eu não sabia é que além do muro tinham outras coisas, em volta do muro existia um ensinamento constante de como ser um coletivo, que em torno de Berlim, não mais cortada por um objeto físico, existiam demais muros que foram quebrados para trazer a experiência que é estar na capital da Alemanha. O muro de Berlim é impactante, mas tem outros que não existem mais por lá que me emocionaram mais.

Mestre Rohm teve a coragem, audácia e a esperança de nos mostrar lugares belos, históricos e em Berlim com o seu brilho nos olhos para que assim, pudéssemos sentir um pouco do que ele sente, ou mais, sentir o que a gente sentiu, sendo nós 15 pessoas tão singulares.

E nós sendo pessoas singulares, com quase ninguém sabendo alemão, (tirando Mestre e uma chocante descoberta ao final do seminário hehe), tivemos a honra de andar junto a um deles, aliás um deles não, “O MESTRE”, que fez com que as pessoas que não sabiam nada de alemão, soubessem o nome das linhas de U-Bahn e S-Bahn quase como um estudante no intermediário da língua. E não basta saber o nome das linhas, é importante entender que a coletividade vive em qualquer canto de Berlim, e que uma aula silenciosa de educação e civilização te espera a qualquer momento, e os regentes da aula são um povo que entende a história que viveu.

Ir a Berlim com Mestre e viver esse seminário é entender a transformação como uma luta constante pra chegar ao lado mais positivo do campo, é entender que para chegar no objetivo final é preciso passar por portais, seja de cemitério russo, de um grande palácio que diria não trazer preocupações, é andar e entender a jornada com o Mestre da forma mais literal possível, e o melhor de tudo, é chorar, sentir a dor e se impactar com o que Berlim preserva de um mundo tão curioso.

Os muros que dividiam os meus espaços internos, não me deixando interligar por completo foram destruídos um por um, por cada palavra dita por Mestre Rohm junto a uma experiência deslumbrante em seu país de natureza. Definitivamente foi um por um: o Reichstag, o Checkpoint Charlie (durante a madrugada claro), a Alexanderplatz, a Fernsehturm, o Pergamon, a “Kirche” em frente ao Vapiano e tantos outros lugares.

Viver um seminário com Mestre foi me abrir para entender os muros, e entender o que eles significavam de verdade, e junto a isso, entender um pouco de Berlim para que possamos refletir um pouco do que podemos transformar as pedras desse muro. Aliás, que muro?

Heduardo

Berlim é histórica, maravilhosa e rica! O seminário de desenvolvimento com o nosso querido Mestre Rohm foi excelente! Conhecer a cidade com alguém que a conhece nos mínimos detalhes é algo incomensurável. Os dias foram lindos, as companhias as melhores possíveis e claro o nosso grande desenvolvimento. Os preparativos antes, durante e após o seminário foram pensados de maneira singular e espetacular. Conhecer os lugares mais lindos de Berlim, a história por trás e a riqueza do lugar, nos puderam fazer refletir sobre o passado e o presente e ao mesmo tempo compreender o quanto é possível e necessário para que todos nós possamos chegar a este lugar. Muito feliz e realizado.

Anderson

Peregrinar e concretizar o seminário de desenvolvimento humano com o Mestre em Berlim foi a realização de um sonho que construímos com determinação e entusiasmo. A energia direcionada de todos os participantes na criação deste evento nos mostrou que com foco e vontade podemos alcançar o que desejarmos. E a própria cidade de Berlim nos ensina o poder da superação, reinventando-se, pois vivenciamos a mudança de uma cidade que está continuamente em construção. Berlim inspira respeito e compaixão, mas a beleza da cidade só foi possível de ser sentida na companhia do olhar humanizado do Mestre que nos inspirava irradiando sabedoria, vitalidade e exemplo da firmeza do seu propósito. Foram muitos momentos de contemplação com divagações valiosas, fortes descobertas e momentos de troca energizantes entre o grupo. Me despedi de Berlim com mais certeza de que o mundo é vasto e acolhedor e que nosso tamanho é maior do que imaginamos. É como se todas as mesquinharias da nossa vida cotidiana se dissolvessem diante de histórias tão emocionantes, marcas ainda muito presentes por toda região cujo passado é reconhecido, mas convive harmoniosamente com a arquitetura moderna da cidade, que caminha para frente. Neste seminário, compreendi um pouco mais da minha missão, alcancei novas formas de olhar a vida e me sinto extremamente privilegiada e grata por ter experimentado isso tudo.

Natália

Don’t Wait Too Long + (plus) Hot Time In The Town Of Berlin, canta F. Sinatra: Enquanto nossos corações estão gays, bobos e livres, por causa da Berlim de Mestre, ainda podemos abraçar a memória para cantar a sua canção, uma que rememore fidedignamente aquele inverno que chegou e passou. “Para nossa memória coletiva, deleite e divulgação, e também para registro diante das iniciativas futuras”, sem esperar muito tempo, pinto a seguir, do outono brasileiro, que mais aquece do que um verão, como foi o interstício de sensações frias e quentes que engrandeceram a passagem da nossa estação alemã. Conforme as mudanças do inverno europeu adentraram em nós, na fisgada de volta ao Brasil tornamo-nos mais e mais dourados ante folhagens beges de outono. Folhas alunas da árvore do conhecimento, aprendemos muito com ela, o Mestre, sobre os muros de Berlim que nos cercam todos em nossos pontos de queda na relva, e como romper com essas limitações através de nossas atuações de ruptura no decorrer da vida.

As peregrinações e seminários realizados com os outros 13 membros e Mestre Rohm são doces memórias de uma primeira vez. Eu ainda me recordo do momento em que a maioria deles derramou lágrimas, que só não congelaram, pois levamos os trópicos até a bela e histórica Berlim de neve ausente. Os calorosos ensinamentos emergidos daquela jornada muito me ensinaram a enxergar o Brasil de um ponto de vista mais elevado, como se estivéssemos no topo da torre de televisão de Berlim observando estações de décadas anteriores sendo transmitidas nas frequências atualíssimas do Brasil. Constatando dualidades em visões que jorram emoções – nunca aos poucos – em nós, nos emocionamos em nossas percepções. O quanto ocorreu para se ter naquele espaço uma cidadania exercida e um vislumbre de substantivos notáveis como a мир (“mundo”, que é feminino em russo), instituiu aos olhos de indagação uma análise desacomodada. O estudo é constante, mas o retorno ao Brasil-em-estado-de-regresso traçou um “diga-me, o que há para não ver agora”, de onde irrompeu nosso novo país.

O grupo pareceu ser uma frota pirata defrontando cristas de ondas tão altas como muros, pois a pincelada de movimentos históricos intransigentes, dia após dia, foi incessante no canvas do trajeto liderado pelo Professor Ricardo nas margens dos rios Spree e Havel. Uma sopa de intenções, energias e cores nos expandiu, de modo que hoje suponho que cercaríamos de mãos dadas o domo transgressor, liberto materialmente, do Reichstag, parlamento preenchido de movimentos como ele é, em todas suas profundezas verticais. Afinal, unidos em prol de todos, reconstruímos um parlamento de pensamentos transparentes à maneira Henryquecedora alemã, ao longo dos Dias. Nós, observadores externos da cabeça da gestão germânica, personificada em Rohm, subimos em sua cúpula de vidro e assistimos suas sessões internas de funcionamento. Acessível na arquitetura da viagem, ele nos acompanhou a todo instante e ofereceu fileiras de carteiras para assistirmos seu comando de demarcações eficientes, edificadas em sabedoria e dor familiar.

Em retorno ao Rio, em Janeiro, o Brasil me perguntou como foi o encontro com Berlim. Seu protagonismo difundido não poderia me visitar? Conceitos menores estão invadindo o sertão humano, e referências como Berlim são aterrissagens escassas, Brasil, todavia é possível encontrar-se berlinense. Você também é, país, um pouco mais agora, o local onde o território da pressão berlinense, tão necessária, está anunciada, facilitando a descoberta nacional do baú pirata com ricas e douradas remediações alemãs. Relance os livros que são queimados em Sanssoucis por aqui, contos de brasileiros ignorados como cachorros vira-latas em palácios horizontais erigidos, mas tortos, no planalto central. Os pingos mentais nos is foram lustrosos ao tracejarmos caminhos para evitar panelas que cozinhem a nossa fome por miséria. A Berlim Rohmânica discutiu os elefantes-brancos que terminam em ártemis e nêmesis desentendidas por justiça. A Alemanha exercita os olhos nus, mas seus Yagos e garçons também fazem os fatos terminarem em pizza, modestamente, às vezes.

O respingo desse encontro no presente eventualmente limpará a sujeira do futuro. Em borrões, mas limpará. Certamente nisso, um Mestre, ele pensou. Ele se fez presente, Mari, elle francamente o fez. Ele se formou, agora ele informou. Berlim, uma célula obstinada, um céu de irresignação. Deixa lembranças para todos aqueles que com o Seminário e Peregrinação nela se comprometeu.

Caso você possa, acompanhe o Mestre em seus seminários e peregrinações. Especificamente neste seminário em Berlim, seus ensinamentos treinaram meu foco e perspectiva existencial, além da maturidade. Não posso, no entanto, dizer que qualquer indivíduo estaria apto para se inscrever em um seminário dele. Você só não pode estar fixo quanto a noção de saber quem é, nem estar na ditadura da imagem, pois em um seminário como esse foi preciso ser vulnerável para absorver os ensinamentos que, cuidadosamente, são destinados para o você do presente. Foi uma experiência muito especial.

Marcelo

Aqueles com o coração aberto para a mudança devem saber que não existe caminho de volta ou mesmo um retorno. Não há garantias de que tudo vai dar certo na sua vida, mas adquirirá a consciência para compreender alguns comos e porquês. Digo isso, pois a mudança que acontece dentro de nós é verdadeira, e isso acontece comigo todo seminário. Não se trata de uma mudança simples, mas é na minha estrutura.

Ainda não encontrei experiência semelhante ao seminário/peregrinação, o que me deixa grato por ser alguém que possa estar presente com as pessoas que participam desse momento. As mudanças proporcionadas pelo seminário me tornaram uma pessoa melhor, mais empática e atenta ao meu redor, mais consciente da história do mundo e da importância disso para mim.

Um fator fundamental do seminário são as relações criadas entre os participantes. Definitivamente as relações construídas fortalecem o desenvolvimento de cada um, mas também tornam as memórias mais fortes, como aquelas de infância.  Essas relações ganham significados singulares para cada participante. Essa força gregária me permitiu não me sentir sozinho, fortaleceu minha coragem e construiu amizades sinceras.

Algo que me surpreende é que o seminário/peregrinação tem algo que cai perfeitamente para cada pessoa. É um lugar ou um vídeo, até mesmo um ensinamento ou acontecimento. Claro que poderia acontecer em alguma outra viagem, mas depois de tantos seminários e peregrinações, não me restam dúvidas. Algo acontecerá e será relevante que impactará significantemente o participante. Neste sentido, para mim, foi o envolvimento de todxs, as conversas, os jantares, as caminhadas, todxs juntxs compartilhando seus momentos uns com xs outrxs. Isso me causou uma enorme felicidade que gostaria que outras pessoas sentissem também.

Por fim, sou grato por todxs e, especialmente, pelo prof. Rohm em ter proporcionado uma possibilidade de visão de mundo com esperança, esforço e trabalho, assim como uma via de desenvolvimento madura, humanitária e civilizatória.

Bill

Esse seminário foi uma imersão na história do desenvolvimento da humanidade. Evolui como profissional, mas principalmente como ser humano. Aprofundamos assuntos como liderança, políticas públicas, sociologia, economia e o papel do indivíduo como transformador do ambiente ao redor e interno.

As grandes elucidações do Dr. Rohm fizeram esse seminário de desenvolvimento humano a experiência mais rica que já tive o prazer de participar. As peregrinações foram extremamente tocantes e pude amadurecer muito a minha empatia e olhar crítico sobre as situações de fascismo nos dias atuais. Recomendo a qualquer pessoa que busque autoconhecimento e clareza de entender o seu propósito.

Filippo

O seminário em Berlim de 2018 foi uma experiência inigualável. O tema do seminário, mudança por dentro, mostrou-se em cada detalhe do evento. A combinação de seminário, focado na energia do grupo, introspeção e hermenêutica, e peregrinação nos lugares históricos e cheios de significado de Berlim, que se reconstruiu diversas vezes e se tornou um lugar sem igual, proporcionou uma experiência de vida extraordinária e transformadora para mim.

Essa vivência, emocionante em todos os aspectos, só foi possível devido à orientação do professor Dr. Ricardo Rohm. Um grande Mestre que, através de sua sabedoria e grande experiência de vida, tem o poder de tocar com seu legado todos aqueles que têm o prazer de estar à sua volta e compartilhar desses momentos de grande aprendizado. Definitivamente uma experiência única para cada um dos envolvidos, especialmente para mim.

Juliana

Foram 8 dias intensos e minuciosamente planejados em patamar de excelência pelo querido Prof. Dr. e Mestre Rohm, que mesclaram atividades internas e externas, ambas completamente diferentes mais igualmente dotadas de potência e impacto na minha vida.

Quando embarquei no avião para Berlim já comecei a sentir a energia do que me aguardava, não parecia uma viagem comum. Ora, não era uma viagem comum! Importante destacar a diferença de viagem e peregrinação. De acordo com Rohm, viajar é se mover no espaço sem se transportar em mente; peregrinar é viajar em mente, transcendendo seus limites e se autoconhecendo, e podendo, também, se mover no espaço. A ideia de levar esse seminário a Berlim foi exatamente nos inserir em uma nova realidade de modo que nossos sentidos sejam aflorados, nossa percepção aguçada e nossos limites testados, possibilitando a plena peregrinação.

Minha perspectiva sobre ir a Berlim é um tanto quanto peculiar. Já havia ido à cidade, em 2015 com meus pais, e foi uma ótima viagem. Repito. Viagem. A Berlim que conheci ao lado de Mestre foi completamente diferente, não era a Berlim dos guias de turismo nem dos programas de viagem do Multishow, era a Berlim de Rohm, que o atravessa, o molda e o constitui enquanto potência e liderança transformadora e, consequentemente, me atravessa também desde que o conheci, porém só fui capaz de entender do que se tratava quando cheguei à capital alemã.

Não fomos a passeio, nossa estadia tinha um propósito. Não precisamos de mapas ou guias, tínhamos um alemão que tudo conhecia e nos surpreendia a cada esquina, afinal, nada era por acaso! Vimos coisas que muitos não veem, presenciamos fenômenos que pareciam uma divertida armação do cosmos para corroborar com a nossa experiência, cruzamos o caminho de pessoas incríveis, que nos deram sorrisos, mas também de pessoas que vieram para testar nossos limites, e testaram. Todas as experiências nos transformaram de tal forma que hoje, após a peregrinação, tudo mudou. Eu não sou mais o mesmo. Nada a minha volta é mais o mesmo. A lente focal que molda os eventos que acontecem à minha volta é outra, e daí surge a vontade de mudar e a inquietude com o status quo. Isso é ótimo.

Bom, acredito que por hora seja isso que eu tenha a compartilhar sobre minha experiencia em Berlim ao lado de Mestre Rohm e todos os outros berlináveis. É estranho falar sobre minha experiência no SDH 2018. Talvez este texto esteja desconexo ou confuso, pois é difícil colocar em palavras tudo que vivi e vivemos. Estar ao lado de pessoas que eu amo e pessoas que passei a amar após os 8 dias foi algo muito intenso e transformador em mim. Hoje, vejo que todo o sacrifício para ir ao SDH valeu a pena, o tempo de estágio e as coisas vendidas para juntar dinheiro. Faria tudo de novo e de novo. Muito ainda está sendo processado dentro de mim. Talvez eu só entenda daqui a alguns meses, ou quem sabe durante o próximo Seminário, seja ele aonde for.

José

Antes que o leitor se perca em minha profusão de ideias, uns esclarecimentos se fazem necessários. Sou a pessoa que editou esse site, colocando aqui os depoimentos dos participantes. Enquanto eles chegavam para mim, eu os lia e começava a pensar que não seria capaz de escrever um que fizesse jus a experiência, que eu havia esperado muito tempo para fazê-lo, pois as memórias não eram lineares, não eram capazes de contar uma história com início, meio e fim. E conforme mais depoimentos chegavam, eu percebi, como o leitor atento também irá, que cada um dos participantes deu foco a questões diferentes, segundo o que foi mais marcante em seus aprendizados, e que também as formas de se expressar era distintas de acordo com suas personalidades.

Desses esclarecimentos irei extrair aqueles que serão os meus focos a dividir com o leitor, que, devida quantidade de vezes que converso com ele, a essa altura deve estar a pensar que caiu em um plágio muito mal feito de um livro de Machado de Assis. Mas peço paciência e atenção às minhas palavras, pois tudo fará sentido ao fim, mesmo que seja para não fazer nenhum.

Começar este depoimento foi complicado. Uma efervescência de pensamentos, sentimentos, “e se”, “mas por quê?” surgiram na minha cabeça, falando sobre o tempo, o espaço, as grandezas e as sutilezas. Em meio a essa chuva torrencial, um ensinamento veio acalmar a tormenta: só existe o presente, o tempo certo é o agora, o importante a se fazer é o que se está fazendo agora e as pessoas certas são aquelas com as quais se está agora. E lembrei-me do propósito, como Mestre, que se torna caminho, e que se torna educar. Agora repare que essa tormenta conversa bem com a questão da não linearidade das memórias que mencionei dois parágrafos acima. Viu?! Isso é uma parte essencial da experiência desse SDH: aprender a pensar de modo não linear. Pensar em teia, viver em lugar de narrar, ou narrar o que for importante de modo lúdico, com o propósito de ensinar. Ensinar que é o devir de Mestre Rohm e o devir de Berlim. Ou seria um só devir visto que a Berlim que vimos foi aquela de Rohm? Devir esse que descobri também ser o meu, que se transmuta no Mestre como meu caminho.

E assim, ao começar este texto, o aprendizado de Berlim me atingiu como um raio, iluminando outra face da questão e acalmando meu coração quanto a falta de encadeamento temporal da minha vivência. E digo “minha vivência”, pois só o eu que sou, que se relaciona consigo mesmo e com os outros, é que viveu essa experiência. Cada outro do grupo teve sua experiência particular, como eus particulares que são. O que nos leva ao outro foco deste depoimento. Pessoas. O seminário e peregrinação foram feitos em grupo, desde os preparativos até a execução. Claro que tudo foi orientado segundo a visão do Prof. Rohm, mas o conjunto do evento teve a intervenção de muitas mãos, muitos eus, muitas personalidades. Um coletivo trabalhando junto, aprendendo junto, ensinando junto. Composto do diverso, do diferente, para chegar ao conjunto que nunca é indivisível por força, mas sim que permanece unido por escolha. Fomos uma sociedade coletivista em nível micro, e vimos na vida real a Berlim que faz isso com maestria em nível macro. Que pratica diversidade e inclusão para alcançar o equilíbrio dinâmico. Aprendemos que o maior investimento que se pode fazer é em educar, pois é um investimento em pessoas, e só elas podem ser multiplicadoras dessa educação que reverbera, liberta e forma uma sociedade preocupada com o verdadeiro bem-estar social.

Espero que tenha feito sentido para você, leitor. Termino com a parte mais importante deste testemunho, um agradecimento cheio de amor ao Mestre Rohm e aos mestres dele por permitirem e fomentarem a realização deste seminário.

Mariana

O SDH 2018 foi diferente de tudo que eu já vivi. Era como se tudo ao meu redor fosse um vislumbre, uma explosão visual e sonora de um cotidiano longe do meu, o que por si só já era maravilhoso. Mas, com as orientações do Mestre Rohm se tornava algo maior, algo mais profundo, como se uma pintura passasse a fazer sentido. Berlim não é só uma cidade, Berlim é um indivíduo, que assim como qualquer outro, possui seus monumentos para ostentar, possui suas feridas, cuidadosamente expostas, para quem quiser percebê-las, possui seus costumes, possui um pouco de escuridão, mas possui muita, muita luz. E, acima de tudo, possui a capacidade raríssima de se reinventar.

Eu me vi em Berlim. Eu vi Berlim em mim. E eu percebi que a mudança estava mais perto do que eu imaginava. A minha reinvenção é possível, e só depende de mim. Por esse aprendizado, que eu pretendo carregar por todas essas vidas, sou imensamente grato ao professor doutor Ricardo Rohm, meu Mestre, que me mostra a cada dia, presencialmente ou espiritualmente, a imensa potência que o ser humano pode se tornar, e toda a beleza presente no caminho.

Vinicius

O SDH foi uma experiência transformadora. Me desenvolvi não só profissionalmente, como pessoalmente também. Ter a oportunidade de aprender coisas totalmente novas, estando imerso em uma realidade nova e enfrentando desafios reais o tempo todo, foi uma experiência que transformou minha vida. Saí não só com mais respostas sobre minha vida e minha carreira, durante o Seminário formulei novas perguntas fundamentais e sigo correndo atrás dessas respostas.

Luiz

Quanta saudade… É um prazer indescritível escrever sobre a experiência de ter participado da peregrinação e seminário de Berlim 2018. Tenho uma sensação de que esta experiência ainda acontece no meu dia-a-dia, tão numerosas foram as reflexões suscitadas e emoções vividas. Conhecer Berlim guiado pelo Mestre foi uma experiência que ficará marcada na minha história, sendo sempre revivida na minha vivência.

O privilégio da companhia e guia de uma pessoa com experiência de vida tão rica e importante; conviver intensamente por dias inteiros com pessoas muito queridas e comprometidas com o desenvolvimento coletivo e pessoal, podendo conhecer melhor cada um do grupo, em suas belezas particulares, e também a si mesmo; viver o desafio de uma imersão convidativa a um mergulho na sua essência, na sua história e na maneira como você olha para o mundo; poder confrontar essas reflexões tão profundas e importantes com a realidade de outra nação, uma cultura totalmente diferente da que nos formou, podendo interagir com línguas e comportamentos diferentes, além da arte, gastronomia, clima, arquitetura… ainda mais quando toda essa experiência é feita sob o planejamento e orientação tão carinhosos, que fora vivido como um sonho durante 10 anos antes de que ele fosse concretizado e deixasse tantas memórias felizes e transformadoras na vida de cada um dos participantes.

Esta foi uma oportunidade de conhecer parte da história de Berlim, a história de seu povo e de suas lutas. Foi uma oportunidade de expandir a compreensão do que é a vida, de ampliar nossos horizontes, de compreender melhor o que Mestre Rohm nos ensina, compreender seu legado e sua luta. Foi uma caminhada lenta e prazerosa por lugares que jamais seriam visitados e conhecidos não fosse a presença dessa pessoa tão iluminada que lá nos levou. Todos os museus visitados, as praças por onde caminhamos, os prédios admirados, a partes de sinfonias ouvidas e apreciadas, tudo isso fez parte de um todo que continua.

Berlim foi uma visita ao que é a vida, àquilo que ela pode ser, foi o encontro com um modelo de lugar, de povo, de educação que nós devemos valorizar e buscar, trazendo para a nossa vida como rastros de nossas pegadas. Berlim é amor, é diversidade, é inclusão, é beleza, é arte, é história, é presente e é futuro. Gratidão é uma boa palavra para representar o que foi, é e será essa experiência que transcende quaisquer palavras que aqui sejam postas. Se posso contribuir com algo, diria para não se apegarem às minhas palavras e construírem cada um a sua própria narrativa do que isso tudo possa vir a significar em sua vida.

Desejo que esse texto sirva apenas como um estímulo, ou que não sirva para nada, como a arte.

Gabriel