Resumo:
Para Sanches (2006) os preconceitos enfrentados pelos não-heterossexuais no cenário organizacional, tais quais discriminação, homofobia, estereótipos negativos e estigmas sociais, formam barreiras para os indivíduos de minorias sexuais ingressarem e permanecerem nas organizações. Nesse estudo abordaremos apenas as questões relativas aos indivíduos transexuais e travestis no mercado de trabalho formal. O objetivo da pesquisa é descobrir até que ponto as práticas de gestão de pessoas sobrepujam os valores éticos e morais ligados à dignidade humana e a Responsabilidade Social, nos processos de recrutamento, seleção e desenvolvimento de carreira de indivíduos transexuais e travestis. Será que as políticas de gestão de pessoas adotadas pelas empresas impõem barreiras para o ingresso dessas minorias nas organizações? Essas políticas estão atreladas aos valores éticos e morais no que tange o respeito aos direitos humanos? Existem políticas que garantam o bem-estar e desenvolvimento de carreiras desses indivíduos quando ingressam nas empresas? Qual a relação entre as políticas de gestão de pessoas e as políticas públicas no que diz respeito às barreiras encontradas por essas pessoas no mercado de trabalho? O estudo tem caráter exploratório-descritivo e contará com uma revisão bibliográfica acerca da temática de direitos humanos, ética, sexualidade e gestão de pessoas. Além disso, verificar-se-á através de entrevistas semi-estruturadas com 5 transexuais ou travestis inseridas no mercado de trabalho formal, como as políticas de gestão de pessoas adotadas pelas organizações brasileiras impactam tanto no seu ingresso como também na permanência, ascensão e carreira no mercado de trabalho na cidade do Rio de Janeiro. PALAVRAS-CHAVE: Direitos Humanos, Gestão de pessoas, Cidadãos Transexuais.