Resumo:
As políticas de recrutamento e seleção praticadas pelos RHs das empresas, assim como os conselhos de gurus da administração e headhunters especializados a respeito das competências, habilidades e atitudes necessárias para a obtenção de um bom emprego, terão embutidas em si uma, para além de simples conselhos objetivos, uma dietética de valores esperados que o bom cidadão deverá possuir para se tornar empregável. Mais que a simples procura de mão de obra, os posicionamentos das empresas e RHs impactarão na subjetividade dos seres humanos. Poder ou não estar empregado irá determinar escolhas de vida, de carreira, de desenvolvimento e mesmo de personalidade. Em tempos contemporâneos, onde o conceito de empregabilidade determina que é recai sobre o trabalhador a responsabilidade de estar ou não empregado, pode-se pressupor que as disposições de empregos terão grande impacto sobre a subjetividade do trabalhador. Com base nisso, propõe-se um estudo qualitativo sobre o tema. Pretende-se realizar entrevistas com os alunos de administração da UFRJ a fim de auferir seu posicionamento em relação a busca por emprego, escolhas de vida, qualidades e habilidades necessárias para obtê-lo.