Resumo:
Um dos grupos mais marginalizados no ambiente de trabalho no seio das corporações contemporâneas é o dos homens e mulheres homossexuais (SIQUEIRA e ZAULI-FELLOWS, 2006). Eles estão sujeitos ao preconceito, sendo vítimas constantes da homofobia e da heteronormatividade, o que resulta em tratamentos discriminatórios, estereótipos negativos, estigmas sociais e, muitas das vezes, direitos negados devido à sua orientação sexual não ser respeitada nem mesmo valorizada como potencial diversificador da percepção diante da realidade organizacional. O maior problema são as relações assimétricas de poder nas organizações – relações existentes em uma sociedade que tem como norma a heterossexualidade, pois “a sexualidade é uma questão pública e organizacional, uma vez que delineia o comportamento de homens e mulheres, constrói expectativas, define posições e cargos, acessos, bem como privilégios” (IRIGARAY, 2008). O estudo da homofobia nas organizações torna-se então vital uma vez que impacta tanto os empregados, aumentando o absenteísmo e seu comprometimento, quanto as organizações, impactando negativamente na criatividade e produzindo, por conseguinte, desempenho inferior. A presente pesquisa busca compreender, a partir de ampla revisão bibliográfica, de que formas a homofobia se manifesta no contexto organizacional, e analisar suas conseqüências para os empregados assim como para as organizações.