PROGRAMA DE ESTUDOS E PESQUISAS EM
DESENVOLVIMENTO HUMANO, FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS TRANSFORMADORAS E GOVERNANÇA SOCIAL
Minerva UFRJ 2021
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Administração do terceiro setor: desafios enfrentados na gestão de ONGs LGBTs


Prof. Dr. Ricardo Rohm

orientou essa

em PEP-ROHM em

ℹ️ Descrição


JICTAC 2011ResearchGateXII SEGeT 2015 (terceiro setor) com publicaçãoPublicação

Resumo:

O terceiro setor pode ser definido como o conjunto de atividades de organizações da sociedade civil que visam atender e prestar serviços públicos fora do aparato do Estado e do setor privado, serviços esses que antes eram de competência estatal (LEE, et al., 1997). Tendo em vista que tais atividades deveriam ser tratadas pelo Estado e não o são, constituem carências para a sociedade e administrá-las com eficiência e eficácia torna-se uma ação de fundamental relevância. Dentre as organizações do terceiro setor que trabalham para suprir algumas destas carências, destacam-se nesta pesquisa os trabalhos das ONGs que militam pelos direitos humanos e civis da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis). No caso da população LGBT, a luta pela visibilidade de seus direitos é uma urgência em uma sociedade em que, segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), apenas no ano passado foram mortas 263 pessoas em razão da homofobia, ou seja, hostilidade psicológica e social, ou ódio, contra pessoas que se presumem desejarem pessoas de seu próprio sexo ou que tenham relações sexuais com elas, estendendo-se também contra pessoas que não se conformam com o papel de gênero socialmente pré-determinado para seu sexo biológico (BORRILLO, 2001). Dentre todas as minorias, as pessoas LGBT são as mais perseguidas e odiadas na sociedade brasileira e uma das mais marginalizadas dentro das organizações (MOTT, 2000; SIQUEIRA e ZAULI-FELLOWS, 2006), por isso, parte-se do pressuposto que a sociedade homofóbica dificulta a gestão dessas ONGs obstaculizando o recebimento de auxílios externos, bem como na promoção de eventos contra a homofobia. Dessa forma, o presente estudo objetiva expor de que forma a homofobia pode interferir nos projetos e ações de tais ONGs na luta por direitos civis e humanos para a comunidade LGBT, bem como, a visibilidade que lhes é negada. As organizações não-governamentais desse estudo foram escolhidas dentro do território nacional, pelos critérios de visibilidade e antiguidade na luta. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com três gestores por meio de um questionário com perguntas abertas os quais serão analisadas.

Abstract no ResearchGate:

Samira Pompeu, Ricardo Rohm e Wandisa Pompeu

Dentro do chamado terceiro setor estão inseridas as organizações não-governamentais (ONGs). Pode-se dizer que as ONGs se destacam pela atuação na solução de problemas sociais que não têm sido bem resolvidos nem pelo Estado tampouco pelo mercado. Tendo em vista que um de tais problemas sociais é a homofobia, refletida em falta de segurança pública, carência de políticas para saúde, educação, demanda por direitos para a população LGBT, a presente pesquisa foi delimitada para o caso de duas ONGs LGBTs situadas no Rio de Janeiro. O referencial teórico apresenta os principais conceitos e definições ligadas ao tema do terceiro setor e a gestão de ONGs, assim como principais dificuldades apontadas na literatura sobre sua gestão que nortearam a elaboração do roteiro de entrevista. Também apresenta a ligação da relação entre ONG e governo e ONG e empresa, aprofundando uma reflexão sobre a atuação da área da área responsabilidade social. Neste sentido, o estudo objetivou identificar as principais dificuldades encontradas na gestão dessas ONGs, mais especificamente, analisar de que forma a homofobia presente na sociedade poderia interferir nos projetos e ações de tais organizações mediante o método do estudo de caso. Foram identificados problemas ligados, principalmente, à dificuldade de captação de recursos financeiros, mas também à qualificação do pessoal, sobrecarga de tarefas e obstáculos para promoção de eventos de combate à homofobia limitando a potência de atuação dessas ONGs. Apresentamos também uma reflexão ao final do trabalho sobre a formação instrumentalizada do administrador. Os resultados apresentados podem ser úteis para a formação de políticas governamentais que contemplem estas ONGs, bem como para que a área de responsabilidade social das empresas possa

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