Na Semana de Integração Acadêmica da UFRJ, na última semana do mês de novembro de 2024, foi apresentada a pesquisa “Redes Sociais e Direitos Humanos no Brasil: facilidades e desafios”, orientada pelo Prof. Ricardo Rohm e desenvolvida pela aluna Esther Saraiva Chaves Barros.
O conceito de conectividade tem se transformado e expandido exponencialmente nas últimas décadas. O acesso tecnológico integrou-se à política social e à economia, tornando as redes sociais os principais meios de comunicação e aquisição de conhecimento — e, consequentemente, cruciais para a construção da cidadania popular e o exercício dos direitos humanos. Os termos de uso destas plataformas, entretanto, desempenham um papel central na coleta de dados. Usuários frequentemente consentem aos termos de uso, cedendo seus dados as Bigtechs sem a consciência de que estas os utilizam para a criação de perfis comportamentais e para a venda a diversos atores interessados, transformando a vigilância no modelo de negócio predominante na atualidade (Amnesty International, 2019).
Os usuários das redes sociais são submetidos a um processo baseado no abuso dos direitos humanos para acessar serviços que seriam fundamentais ao usufruto destes mesmos direitos (Amnesty International, 2019). Neste contexto, a pesquisa tem por objetivo descrever e analisar como uma organização de direitos humanos no Brasil pode ter suas atividades afetadas pelas redes sociais e quais são as facilidades e desafios enfrentados.