Resumo:
Vivemos em um tempo onde as organizações estão cada vez mais preocupadas em estabelecer uma base global para seus negócios. Segundo Robertson (1999, p. 173), “o capitalismo global simultaneamente promove e é condicionado pela homogeneidade e pela heterogeneidade. A produção e consolidação da diferença e da variedade é um ingrediente essencial do capitalismo contemporâneo, que é, em todos os casos, crescentemente envolvido na múltipla variedade de micromercados (nacional, cultural, racial e étnico, de gênero, socialmente estratificado, etc).” Nesse contexto, a importância da gestão internacional de executivos é uma consequência direta da busca intensa de vantagem competitiva global. O processo de expatriação é um dos ramos da Política de Recursos Humanos que envolve um conjunto de etapas: o recrutamento e seleção de candidatos a cargos no exterior; negociação de benefícios, trâmites legais, preparação cultural, de idioma e logística de acomodação para a família; até a completa inserção e o acompanhamento do indivíduo no novo ambiente organizacional. Uma das razões mais importantes do fracasso de uma designação internacional consiste na incapacidade da organização de prover o ajuste do executivo expatriado em suas dimensões psicológica, sociocultural e do trabalho (ASHAMALLA, 1998, SCHULER; BUDHWAR; FLORKOWISKI, 2002). Para tanto, procurou-se investigar como os funcionários expatriados de uma grande organização privada do setor de petróleo, gás, marinha e aviação avaliam a prática das Políticas de Recursos Humanos e como a área promove a gestão cultural para auxiliá-los na adaptação e integração ao ambiente organizacional brasileiro.
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