JICTAC 2011 – Queering Paradigms IV 2012
Resumo:
Na pós-modernidade, a fragmentação do indivíduo é virtualmente inevitável. Uma vez que a sociedade se torna mais fragmentada e hiper-real ou virtual, a educação humanista, holística, voltada para o desenvolvimento crítico bem como os valores éticos deixaram de guiar a formação do individuo. Na universidade, o ensino passou a objetivar a produção de mão-de-obra, ao invés da formação plena e integral de pessoas, tendo seu foco no utilitarismo e no tecnicismo. O saber-fazer substituiu o por-que-fazer (DUPAS, 2008). O foco passou a ser a educação em massa. Entretanto, a singularidade não é produzida em massa. Como conseqüência, emergem cada vez mais modos de subjetivação mercantis, pasteurizados e erráticos (ROHM, 2003). A hermenêutica do sujeito surge então como o ponto central da questão, como uma medida para a restauração das identidades fragmentadas nos sujeitos. A hermenêutica é aqui compreendida como “cuidado de si”, e não apenas como um somatório dos conhecimentos sobre si (FOUCAULT, 2010). A hermenêutica compreende a introspecção, a reflexão orientada, no sentido do auto-conhecimento, da identificação dos próprios desejos e potenciais humanos para que a formação plena da pessoa se dê ancorada nas singularidades e nos talentos de cada ser e não simplesmente mediante aprendizagem imitativa e homogeneizada. A presente pesquisa busca compreender os impactos da hermenêutica nas formações pessoal e profissional do estudante de Administração, investigando os critérios de felicidade e de suas percepções e expectativas quanto à carreira e quanto ao seu estar no mundo.
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